quinta-feira, 5 de maio de 2011

INAUGURAÇÃO DO NUCLEO DO PARTIDO VERDE VILA ESPANHOLA


Participe da Inauguração do Núcleo do Partido Verde na
Vila Espanhola. DIA 07 DE MAIO SABADO AS 14:00HS NA RUA DAS MARGARIDAS, Nº 38 – Francisco Morato.
Você tem algo a ver com o PV, venha e descubra por que?

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Francisco Morato sedia audiência sobre a RMGSP



Presidente da ALESP Barros Munhoz e parlamentares na audiência
O pequeno e populoso município de Francisco Morato sediou nesta segunda-feira, 2/5, a penúltima audiência pública para debater o Projeto de Lei Complementar 6/2005, do governador, que trata da reorganização da Região Metropolitana da Grande São Paulo. Aproximadamente 200 pessoas compareceram ao Centro Social Urbano da cidade para acompanhar o debate. 
Na condução da mesa de trabalhos, o presidente da Assembleia Legislativa, Barros Munhoz, disse que anseia por corrigir o que considera uma grande injustiça no Estado, que são os critérios de distribuição do ICMS. "É um absurdo que um único município " Paulínia " receba um repasse de cerca de R$ 100 milhões ao mês, enquanto cidades como Francisco Morato ganhem perto de R$ 800 mil." 
Em seguida, o secretário de Desenvolvimento Metropolitano, Edson Aparecido, agradeceu ao Legislativo paulista, na figura de Barros Munhoz, pela iniciativa de percorrer a RMGSP para discutir a reorganização da macrometrópole. Segundo o secretário, trata-se de uma região com alta arrecadação, mas com dezenas de dificuldades que o governo pretende sanar com a implementação do PLC 6. 
José Aparecido Bressane, prefeito de Francisco Morato, lembrou que seu município é um dos mais carentes do Estado. "Cerca de 50 mil moradores embarcam aqui diariamente rumo a outras cidades para emprestar sua mão de obra, gerando recursos a outros municípios. Resta a Francisco Morato só os problemas e pouco dinheiro para resolve-los." 

Deputados presentes 

Também fizeram parte da mesa os deputados Celino Cardoso (PSDB), Samuel Moreira (PSDB - líder do Governo), Vitor Sapienza (PPS), Beto Tricoli (PV), Enio Tatto (líder do PT) e Jooji Hato (PMDB). 
Para Celino Cardoso, a RMGSP já deveria ter sido criada há muito tempo. "Já temos a da Baixada e a de Campinas, por que não a de São Paulo?" O deputado disse ainda que também é importante que sejam criadas oficialmente as sub-regiões, pois as cidades têm características diferentes. "Vejam o exemplo daqui, onde os municípios têm boa parte de seus territórios em áreas de proteção ambiental, o que limita o crescimento econômico." 
Sapienza, impressionado com o considerável público presente à audiência, informou que Francisco Morato foi criado sem planejamento e, portanto, infraestrutura adequada, como saneamento, abastecimento de água etc. Reforçou as palavras de Barros Munhoz quanto aos critérios do repasse do ICMS. São problemas que ele espera que o projeto solucione. 
O líder do Governo afirmou que é fundamental o papel da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano de planejar ações de forma integrada, a partir da oitiva de prefeitos e de sugestões da população. 
De acordo com Tricoli, a Assembleia tem uma grande responsabilidade nesse processo de reorganização. "Muitas vezes os prefeitos têm boa vontade em implantar uma benfeitoria mas falta entendimento correto com outro município, ou até mesmo comunicação entre as esferas de governo", disse o deputado, ao referir-se ao PLC que tramita no Parlamento e que deve resolver essas questões. 
Hato lembrou que a maioria das cidades que compõem a RMGSP cresceu desordenadamente e sem qualidade de vida. "Nem todos os problemas precisam de dinheiro para serem resolvidos. Muitas vezes bastam ações de conscientização, como, por exemplo, a campanha de desarmamento." 
Tatto declarou que a Assembleia não poderia aprovar o projeto sem ouvir a população. "É a grande oportunidade de planejar a região metropolitana, que deve contar com a criação de sub-regiões. Os municípios não vão arcar com o custeio do fundo metropolitano, que deverá ficar por conta do governo do Estado. Também é necessário saber qual a verdadeira participação das estatais nesse projeto." 

Mobilidade urbana 

A primeira manifestação da sociedade civil foi em prol da ampliação das linhas de trem como solução para os problemas de mobilidade urbana. A situação pouco adequada de algumas estações também foi lembrada. 
Quanto ao escopo do projeto, uma das questões levantadas se refere à participação orçamentária dos municípios no fundo metropolitano e à contrapartida do Estado. Uma das dúvidas dos cidadãos é quanto ao percentual de contribuição que caberá a cada município. 
O prefeito de Caieiras, Roberto Hamamoto, pediu providências para resolver a precariedade dos acessos viários aos municípios da sub-região norte e a falta de instalação de empresas de porte. "Todas as indústrias acabam se instalando no interior. Recentemente Sorocaba recebeu mais uma fábrica, desta vez da Toyota. Por que não temos ao menos uma aqui nesta região" 
Os problemas de Francisco Morato não são poucos. Metade da cidade não é pavimentada e o município não tem um acesso sequer às importantes rodovias, encontra-se ilhado em meio aos demais municípios, por onde os veículos devem passar antes de chegar a Morato. Essas informações foram dadas pelo presidente da Câmara de Francisco Morato, Helio Gomes. 
A carência na área educacional inclui a ausência de faculdade pública na sub-região norte que, em contraponto, concentra um alto número de presídios. 
Antonio Aiacyda, prefeito de Mairiporã e presidente do Consórcio Intermunicipal da Bacia do Rio Juqueri " que congrega Caieiras, Cajamar, Francisco Morato, Franco da Rocha e Mairiporã, onde residem cerca de 530 mil habitantes " se manifestou sobre a preservação de mananciais em sua sub-região, que abastecem quase toda a RMGSP. 
Outra sugestão apresentada é de que, a exemplo dos municípios que recebem repasse advindo dos pedágios, cidades como Francisco Morato deveriam receber recursos da CPTM por conta dos cerca de 50 mil embarques diários na estação da cidade. 

Encerramento 

O representante da Emplasa, Luiz Pedretti, esclareceu que os próprios prefeitos deverão definir as sub-regiões que serão criadas por decreto do governador. Segundo ele, os gestores municipais conhecem bem as características que marcam cada município, sejam geográficas ou econômicas. O fundo metropolitano, de acordo com Pedretti, vai substituir o Fundo Metropolitano de Financiamento e Investime (Fumefi). "Não há obrigatoriedade de que os municípios contribuam, o Estado deverá buscar aporte em instituições financeiras para o fundo", explicou Pedretti. 
O presidente Barros Munhoz encerrou os trabalhos destacando que a reunião foi produtiva tanto pela quantidade quanto pela qualidade das intervenções. "Estamos aqui para aprimorar o projeto e, claro, ajudar a região na busca de desenvolvimento com um planejamento bem feito e, o mais importante, uma execução ainda melhor." 

A última audiência pública sobre o PLC 6 acontece em Embu, na Câmara Municipal, às 18h, nesta quarta-feira, 6/5.

terça-feira, 3 de maio de 2011

PV lista pontos controversos em proposta de Código Florestal

Diário do Comercio Industria e Serviços
BRASÍLIA 


De posse do novo texto do projeto de lei do novo Código Florestal desde o fim da tarde de da última segunda-feira (2), a bancada do Partido Verde (PV) detectou uma série de "pontos críticos" que podem comprometer os avanços conquistados pelos ambientalistas, desde que a primeira versão da proposta foi apresentada pelo relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP).

O PV contesta, entre outros pontos, a liberação da pecuária extensiva em topos de morros, acima de 1,8 mil metros de altitude; a retirada do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) do poder de regulamentar as áreas de proteção permanente (APPs); a mudança no cálculo de todas as propriedades para definição do percentual de Reserva Legal.

Agora, com algumas dessas "pegadinhas" mapeadas, os verdes querem adiar a votação e negociar com os partidos e o governo um texto que estabeleça uma política nacional para as florestas brasileiras, afirmou a ex-senadora Marina Silva.

O deputado José Sarney Filho (PV-MA) divulgou pelo menos 12 pontos já levantados que serão apresentados ao ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). A reunião com Palocci ocorre neste momento no Palácio do Planalto. O encontro com Marco Maia, a princípio, está agendado para as 17 horas de hoje.

Veja a seguir os 12 pontos críticos apontados pelo PV no texto do novo Código Florestal:

1) Considerar como consolidados desmatamentos ilegais ocorridos até julho de 2008 (Artigo 3º, inciso III);

2) Permitir a consolidação de uso de areas de proteção permanentes (APPs) de rios de até 10 metros de largura, reduzindo a APP de 30 para 15 metros irrestritamente, para pequenas, médias e grandes propriedades;

3) Permitir autorização de desmatamento dada por órgãos municipais. O PV considera que, caso isso seja feito, colocará em risco, principalmente, áreas da Amazônia.

4) Permitir a exploração de espécie florestal em extinção, por exemplo, a Araucária, hoje vetada pela Lei da Mata Atlântica;

5) Dispensar de averbação a Reserva Legal no cartório de imóveis;

6) Criar a figura do manejo "agrosilvopastoril" de Reserva Legal. Agora, o manejo de boi será pemitido em Reservas Legais;

7) Ignorar a diferença entre agricultor familiar e pequeno proprietário estendendo a este flexibilidades cabíveis aos agricultores familiares;

8) Retirar quatro módulos fiscais da base de cálculo de todas as propriedades (inclusive médias e grandes) para definição do percentual de Reserva Legal. Isso, no entender do PV, significa milhões de hectares que deixariam de ser considerados Reserva Legal;

9) Permitir a pecuária extensiva em topos de morros, montanhas, serras, bordas de tabuleiros, chapadas e acima de 1,8 mil metros de altitude;

10) Ao retirar do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) o poder de regulamentar as APPs retirou-se, também, a proteção direta aos manguezais. Utilidade pública e interesse social deixam de ser debatidos com a sociedade no Conama;

11) Abrir para decreto – sem debate – a definição do rol de atividades "de baixo impacto" para permitir a ocupação de APP, sem discussão com a sociedade;

12) Definir de interesse social qualquer produção de alimentos, por exemplo a monocultura extensiva, para desmatamento em APP. Segundo o PV, isso permitiria o desmatamento em qualquer tipo de APP